Volto para falar sobre as duas maratonas que participei, São Paulo e Curitiba.
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Muito se falou da Maratona de São Paulo, realizada em 19 de outubro, o calor imenso que derrubou muita gente e derrubou o tempo de quase todo mundo, o meu inclusive, foi uma prova bem difícil, porque quando os termômetros bateram 36 graus virou meio que "busca pela sobrevivência". Bastante também se reclamou da hidratação e outras coisas mais, entretanto não posso ser injusto com a organizadora, eu não vi esses problemas, fechei a prova em 4h27m, fiquei feliz porque chegar ao final foi uma vitória e tanto diante de tantas desistências. A impressão que ficou é que conforme o tempo vai passando a organizadora vai relaxando na hidratação e no acompanhamento dos corredores, o que, se ocorre de fato, não deveria, porque a prova tem um limite máximo de tempo e dentro desse tempo o cuidado deve ser o mesmo, até maior acho, porque a elite em 2hrs e pouco resolve a questão, mas os amadores vão ao limite do prazo permitido e precisam de maior atenção.
De qualquer forma acho que eu estava preparado para o meu objetivo, porém com o sol forte e 10kms a partir do 28/29 mais ou menos na marginal, num vai e vem bem chato, este objetivo foi pulverizado e concluir virou a meta. Fiquei satisfeito.
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Este final de semana foi a vez de Curitiba, fui de carro com os baleias Zé Maia, Enio, Alessandro e Vilma, viagem sensacional, divertidíssima, que por si só já valeu a pena, chegando a Curitiba encontramos mais baleias e formamos um grupo grande, como resultado uma bela festa.
Eu tinha algumas dúvidas quanto a cumprir a prova em 4hs., porque não havia mais treinado longos desde a maratona de São Paulo e conhecedor do duríssimo percurso de Curitiba, uma montanha russa e tanto, paguei para ver.
Sempre divido a maratona em 3 partes de 14kms e busco cumprir cada uma em 1h20m no máximo, e dessa vez não foi diferente, normalmente corro bem em Curitiba, respeitada a dificuldade do percurso, e fiz os primeiros 14km em 1h15m, com minutos de sobre e me sentindo muito bem, busquei manter o ritmo até os 28k e aí meu erro, de fato mantive, fechei o segundo 14k com 1h16m e fiquei com 9mins de sobra, mas o esforço cobraria seu preço na terceira parte, corri muito bem até os 36k e já via o sub 4hrs como certo, entretanto correr maratona é flertar com o imprevisível, a partir daí meu rendimento desabou, as panturrilhas tinham vida própria e batucavam por si só num ritmo frenético, depois a coxa esquerda também resolveu entrar no ritmo, e foi um contrai, descontrai o tempo todo e meu ritmo caindo e caindo, por conclusão, perdi minha sobra e mais 10 minutos, tudo isso no final da corrida, e fechei em 4h10m.
Não que eu não tenha ficado feliz, mas uso novamente a frase, poderia ter sido melhor.
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Bem, este ano foram 3 maratonas, Porto Alegre - 4h04m, SPaulo - 4h27m, Curitiba - 4h10m, falta muito pouco para que eu corra sub 4hrs mais vezes, há um cálculo que tenho que fazer para o próximo ano, treinar um pouco mais versus o fato de que estarei um ano mais velho, atingindo meio século de vida, mas acho que dá para melhorar, sempre dá.
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Ano encerrado, vou para a Pampulha para comemorar, chego a 10 anos de corridas e 14 maratonas, sonho com os próximos 10 anos e agradeço a Deus primeiramente por ter me levado para o mundo da corridas, onde sou muito feliz.