A festa baleias
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Foi uma festa espetacular, como poucas em que participei, a Maratona de Assunção ficará gravada na minha memória e levarei no meu íntimo para onde for depois que encerrar minha caminhada por aqui.
Partimos para Assunção na sexta feira, chegando ao aeroporto e já encontramos vários amigos baleias, Zé Maia, Enio, Neto e esposa, Waldeci e Ezilda, Alessandro, além de Julio Cordeiro da Acorja e Cris, se esqueci alguém desculpe, eese encontro era o prenúncio do que viria.
Já em Assunção, primeira medida, trocar algum dinheiro para o táxi, com o cambio de R$ 1,00 = GS 1.530,00, assustei ao trocar R$ 150,00 e receber em guaranis GS 229.500,00 depois ainda descobriríamos que essa cotação no aeroporto é péssima, na cidade você obtém GS 1.870,00 por real, em compensação uma coca cola custa GS 6.000,00.
A organização da maratona enviou uma van para pegar o pessoal no aeroporto, chegamos ao hotel, deixamos as malas e saímos para comer a famosa empanada, obsessão do Enio, rsrsrsr, e andar um pouco pelo comércio.
Na sexta a noite sentamos no bar do hotel para tomar umas cervejas e aguardar a chegada dos demais baleias, não vou citar os nomes, porque posso esquecer alguém, mas tenho que falar do CEO Miguel Delgado, grande pessoa, divertido na medida certa, atencioso com a turma, organizador, líder, pronto, falei, depois saímos para o jantar, e tome cerveja Baviera, afinal tinha o sábado para recuperar.
No sábado, hora de fazer umas comprinhas, pegar o kit e passear, andamos de ônibus urbano, coisa que quase sempre faço quando viajo, fomos até um mercado popular, e voltamos para almoçar já às 4hs da tarde num belíssimo restaurante, ótima comida, preço muito bom, chamado Bolsi, no centro de Assunção, depois, hotel para descansar, as 19hs haveria o jantar de massas, mas cheguei, dormi e acordei somente às 22hs, perdi o jantar, então dormi de novo, rsrsrs.
Domingo, corrida, que falarei abaixo, e depois churrasco na casa da Mirta, com mais alguns brasileiros e paraguaios, desnecessário dizer que foi divertidíssimo e a noite novamente bar do hotel e mais cerveja para comemorar, fui para o quarto trançando as pernas, como disse a Tania.
Na segunda pela manhã ainda comprei uma coisas, entre elas 2 camisas originais da seleção do Paraguai, na outlet da Adidas por US$ 16,00 cada, também sempre compro camisa de clubes ou seleções locais, com a veia competitiva que tem o Julio Cordeiro quis ganhar de mim e comprou 11, o time todo, rsrsrsrs, e dois belos relógios Ferrari por R$ 20,00 cada, esses na calçada mesmo, pena que sem garantia, rsrsrrrsrs.
Voltamos ao hotel, malas, taxi, aeroporto, cerveja e chegamos ao Brasil.
Um final de semana indescritível, que somente esse pessoal maluco por corridas e passeios poderia proporcionar.
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A maratona
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O domingo amanheceu frio, temperatura baixa para quem iria ficar parado, mas ótima para quem iria correr 42km, descemos do hotel a pé até a largada, tiramos muitas fotos (vou postando algumas no facebook), e nos alinhamos, hino do Paraguai e largada.
Eu desconhecia o percurso e tinha em mente que 30kms estavam de bom tamanho fazer, eu nunca havia corrido duas maratonas em 30 dias, e estava um pouco preocupado.
Com os 30kms na cabeça, larguei em bom ritmo e fui sustentando o pace próximo de 5m30s/km, hidratação estava perfeita, vários pontos com água e gatorade juntos sobre a mesa, era passar e pegar um ou outro, ou os dois, o único inconveniente eram os copos abertos, ficava difícil beber sem reduzir bem a velocidade.
Eu passava e ouvia muitos gritos de Vai Baleias e Brasil, Brasil, muito legal, alguns trechos do percurso foram feitos em duas voltas, quando passei na primeira volta vi a placa dos 30km e nem sabia onde era em relação a largada, e pensei, aqui eu não vou parar, cruzei os 21km em 1h54m e com sobra, ainda sentindo um pouco de frio, prossegui acompanhando dois paraguaios que iam em boa marcha, passou os 30km e continuei, próximo aos 31km, do outro lado da avenida, voltando no 35km mais ou menos vi o Tinil, rápido como sempre, me incentivando a prosseguir, depois o Alessandro, corre sem por os pés no chão, rsrsrsrs, e depois o Júlio Cordeiro, esse preocupado comigo, falou um vamos lá, mais tímido, rsrsrsrsrs, eu não iria alcança-lo, mas já viu a cabeça dele né, e prossegui de forma impressionante para mim, mantendo o ritmo, fui cansar mesmo lá pelo km. 38 mas aí não pararia mais, a passei a acreditar que bateria meu recorde pessoal, porque o sub 4hrs estava garantido, me esforcei muito, mas quem correu maratona sabe que esses últimos 4km são de pura superação, não há pernas, só há cabeça, cruzei a linha de chegada em 3h54m15s, fiquei há 29 segundos do meu recorde pessoal conquistado em Curitiba-2009, nunca imaginei que correria tão bem, para os meus padrões, minha felicidade foi completa.
Não sei explicar o que aconteceu, treinei menos entre o Rio e Assunção, fiz somente um longo de 26k, na semana da Maratona nem corri, mas minha cabeça estava legal, eu estava feliz, minha esposa estava comigo, a festa baleias me incendiou, corri muito, e hoje, escrevendo, ainda estou sob efeito de tudo o que aconteceu.
Acho que já li isso em algum lugar, mas a felicidade tem a cor coral, ou laranja, ou sei lá que cor é a nossa, mas, se não sei a cor, sei o nome, o nome é Baleias.
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Agora descanso, e já decidi, não vou para a Maratona de SPaulo, vou para a Maratona de Curitiba, levar o manto coral mais uma vez, e com minha esposa também de coral e depois a Pampulha.
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Por ora é isso, que venham as próximas.
4 comentários:
Parabéns pela prova, uma maratona depois da outra?
E ainda sub 4 h.
Vc é o cara.
Forte abraço.
Fábio Pangaré
Q legal.
Parabens.
Meu caro amigo Walter. Assunção tem esse poder: muita festa e ainda um belo tempo. Foi um prazer tê-los conosco. Tânia arrebentou aderindo ao Mundo Baleias que já a tinha no coração! Esperamos, então, você aqui na Pampulha. Abraço forte do amigo Miguel Delgado.
Depois de executar esperança você também pode comer coisas deliciosas, eu acho que nós temos a habilidade de correr muito e depois comer muito espero que seja em restaurantes em sao paulo
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