Mais uma maratona concluída, a 12ª da carreira, fechei a maratona de Porto Alegre em 4h04m53s, média de 5m48s/km, um pouco acima da minha pretensão, que sempre é correr abaixo de 4hs., mas dentro da "margem de erro", afinal, um pouco a mais, um pouco a menos, faz parte.
Hoje pensando sobre a corrida, acho que errei na largada, corri os primeiros 15 a 20kms em ritmo muito acima do que deveria, e maratona cobra a conta, e cobrou a partir do km 35/36, onde sofri bem, com fortes dores na perna direita, que não sei porque, diferente de todos os treinos que fiz, chiou, e chiou legal, doía a perna inteira, não era localizada, era generalizada a dor, a ponto de eu caminhar um pouquinho para aliviar a pressão, enfim, acho que foi falta de treino mesmo, confesso que nas últimas 4 semanas, quando comecei o curso de pós, não treinei como deveria, e maratona é treino, treino e treino.
Com tempo ideal e percurso plano, embora eu tenha sérias dúvidas se para mim é o melhor percurso para correr, achei que poderia melhorar meu recorde pessoal, mas fiquei 10 minutos acima, é assim mesmo, é maratona, é cabeça, é físico, é uma série de fatores que podem influenciar seu rendimento.
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Quanto a organização da corrida, acho que fui com uma expectativa um pouco alta demais, e acabei sendo muito exigente, mas não gostei de alguns pontos, pegar o transporte pela manhã até a largada foi meio confuso, o pessoal não sabia quais eram os ônibus e vans da organização, subiram num ônibus e o motorista correu para avisar que aquele era particular, desceu todo mundo, não havia ninguém para informar qual ônibus pegar, resolvemos ir perguntando aos motoristas, por fim o ônibus saiu no horário, mas ficou gente sem embarcar, com a promessa do motorista de que voltaria.
Outro ponto interessante foi o chip com um elástico, eu nunca vi aquele tipo de chip e não havia explicação de como usá-lo, imaginei, acertadamente ao que parece, que seria no pulso, uma vez que havia um revezamento, mas vi gente com ele na canela, outros no tênis como meu amigo Tutta, que quebrou a cabeça para prendê-lo, enfim, bastava colocar uma explicação no kit, ou então, partir para o chip descartável, que é o melhor caminho, interessante também dois números de peito, um para afixar na frente e outro atrás da camiseta, deve ter um motivo para isso, para mim é novidade e achei desnecessário, além de um custo extra.
Após a largada os primeiros 5kms talvez, vão para o sentido oposto do restante da corrida, depois retornamos para o sentido correto, nessa ida passamos em um bairro residencial, o pessoal do primeiro ponto de hidratação aparentemente não percebeu o horário o parecia ter sido pego de surpresa, não havia água na mesas, vi a correria deles para atender o máximo de pessoas, vi também corredores pegando água direto nas pacotes fechados, um pouco confuso, vi também um morador tirando o carro da garagem no meio do pessoal correndo, portão aberto, luz de ré acesa, carro no meio da rua, não havia pessoal do trânsito ou da polícia por ali, passei correndo e ainda ouvi muitos corredores gritando, sei lá se o cara saiu de casa ou não, fui em frente.
A hidratação foi abundante, com água gelada ou sem gelo, em garrafinhas, na maioria dos postos o pessoal teve a preocupação de abrir as garrafinhas, já que a partir de uma determinada altura fica difícil até fazer força para abrir as garrafinhas, já o isotônico, infelizmente em copos abertos, e como sempre falo, vai tentar correr e tomar o isotônico sem se melar, difícil, o jeito é reduzir ou até andar para tomar, na Meia de São Paulo no Pacaembu o isotônico vem em saquinhos, muito mais prático.
Vi também uma moça deitada próximo ao km. 30, tremendo um pouco, o pessoal colocou uma blusa sobre ela, um rapaz esticando as pernas dela para aliviar talvez uma cãimbra, não vi a ambulância, talvez não tivesse dado tempo de chegar, mas também não vi ambulância indo, nem vindo, fiquei preocupado, porque o pessoal em volta não sabia o que fazer, espero que ela esteja bem.
Enfim, alguns problemas, que acho até naturais numa prova como a Maratona, afinal organizá-la não é como organizar uma prova de 10km., mas mostra que, no meu ponto de vista, ainda temos muito a melhorar, sem falar no buzinaço dos motoristas, mas isso não é privilégio de Porto Alegre, Curitiba que se mostrou muito melhor organizada também sofre com isso, não vi no Rio de Janeiro e em São Paulo, mas acho que em função do desenho do percurso, por falar em percurso também acho que dá para melhorar e evitar o vai e vem chato prá caramba pelo mesmo lugar, mesmo que tenha que por umas subidinhas para evitar esse bate e volta.
Enfim, essa Maratona não me encheu os olhos, e não me deu aquela vontade de voltar, posso até voltar, pela recepção do amigo Maurinho, que foi sensacional e pela ida a Arena do Grêmio a tarde, mas desta vez iria ao Beira Rio, para conhecer também o estádio do colorado.
Ser baleias é tudo de bom, festa na certa, tiramos várias fotos com esta após a chegada
Nesta com outro ilustre baleias, Ivo Cantor
Aqui no tradicional aquecimento baleias