quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Estaleiro

Por vezes me pego pensando na vida, coisas como, porque viemos parar aqui, de onde viemos, para onde vamos depois e tal, e chego a conclusão de que, sem ser original na frase, o bom da vida é viver, e isso prá mim se resume a trabalhar e fazer o que gosta, rsrsrsrs.
Sou uma pessoa que tem fé, acredita em Deus fortemente e na ação Dele sobre nossas vidas, e mais, busco ser otimista ao máximo, porém têm momentos em que tudo isso é difícil de sustentar, têm vezes que balanço um pouco e preciso de força.
A corrida entrou em minha vida num momento de superação, entrou não, invadiu e me dominou e temos sido felizes ao longo desses quase 6 anos, mas, como casamento que se não é renovado constantemente começa a machucar, meu relacionamento com ela está machucado.
Digo tudo isso como desabafo, porque tenho enfrentado um ano difícil, muito difícil, o mais difícil dos seis em que corro, as contusões são seguidas, me castigam, me chateiam, me tiram da rua, não me deixam eu fazer o que gosto, ou seja, tiram parte da minha vida.
Àqueles que lêem meu blog, desculpem, quero aqui somente falar dos treinos e provas, de coisas boas, mas estou chateado.
Na Meia de SBC, minha cidade, me contundi mais uma vez, pressão na panturrilha ainda no km. 5, prossegui, havia um motivo forte para prosseguir, minha mãe, do alto de seus 70 anos, me aguardava no km. 16, saiu de casa, desceu até a avenida a pé, ficou lá em pé mais de uma hora, no sol, me aguardando passar, ou seja, eu não iria desistir nunca da prova, eu sabia que enquanto eu não passasse ela ficaria lá, até o fim, até o último corredor, porém isso teve um custo.
Inicialmente ficarei 2 semanas afastado dos treinos, a panturrilha inchou bem, está avermelhada, na próxima semana farei um ultrassom, se houve rompimento de fibras musculares (primeiro diagnóstico do médico) serão de 6 a 8 semanas de recuperação, caso contrário, e torço para isso, pode ficar somente nas duas ou três semanas, aparentemente há um grande risco de eu ficar fora de Curitiba, já não deu em SPaulo, já não deu no RJaneiro, é duro para mim.
Sou de guerra, corro maratonas para me fortalecer interiormente, correrei até morrer ou até quando Deus quiser que assim o seja, acho que correrei mesmo depois da morte, sei lá, saio das ruas por enquanto, num ano em que não consegui competir, não consegui ser feliz nas ruas, pode parecer dramático demais, sei que é um problema menor se olharmos o que acontece nas vidas de outras pessoas pelo mundo afora, mas estou chateado, vamos em frente.

7 comentários:

Ricardo Hoffmann disse...

Walter, todos vamos para estaleiros, todas máquinas precisam de reparo (inclusive o corpo). É hora de pensar no que tem feito de sua máquina. Será que não está judiando muito dela? Onde está errando? Que seja breve isso, que tenha respostas rápidas, e maratona tem todo ano em muitos lugares, agora joelho e panturrilhas só temos esses e temos que cuidar bem deles se desejamos continuar nessa de atletas amadores. Bom repouso. Grande abraço.

Unknown disse...

Força, Walter! Que a lesão não seja nada de mais sério e que te impeça pelo menor tempo possível de correr. Como lembrou muito bem o amigo Hoffmann, em situações como essa, temos mesmo que rever nossos conceitos, encontrar novas formas de fazer o que gostamos, buscar fórmulas e soluções diferentes, ponderar sobre nossos erros e acertos. Contusões passam. A corrida continua. Cuide-se bem. Boa (e breve) recuperação pra você!

Um abraço,

Fábio Namiuti
http://www.fabionamiuti.hd1.com.br

Shigueo disse...

Walter,

Realmente é um teste esse que vc está passando este ano.

Fora os votos de que vc tenha uma rápida mas completa recuperação, fica a mensagem de que vc não está sozinho nesta sua batalha. Quem te acompanha aqui no blog sabe da sua força de vontade, dedicação e amor às corridas. Não há cobranças, só solidariedade!

Vai na boa!

Abs,
Shigueo

simplifique disse...

Caramba, ia escrever alguma coisa e deu branco. Depois da meia, tb estou meio estranho. Dores que estão me incomodando. O negócio é dar um tempo pro corpo, alongar, soltar e voltar. Encontrar o equilibrio e não perde-lo. Mas, se perder, ajustar novamente. Assim é a vida.

Julio Cordeiro disse...

Amigo,
É hora de pensar positivo e de superar tudo isto.
Quero te mandar um presente e tenho certeza que vai servir pra você neste momento difícil.
Manda teu endereço pro meu e-mail julio-pessoa@uol.com.br.
Estou torcendo muito por você.
Abraços Pernambucanos
Júlio Cordeiro

Felipe Vianna disse...

Fala Water!

Te desejo uma rápida recuperação. Não tem jeito, lesões fazem parte do esporte e temos q aprender a conviver com elas qdo surgem. Se recupere com calma e tranquilidade, volte aos poucos. Dps de um ano com tantas lesões talvez não seja um boa idéia ainda insistir em alguma maratona esse ano. Acho melhor deixá-las para o ano que vem.

Abraços,

FREE ATLETA disse...

Deixe de lado esse baixo astral, erga a cabeça e enfrente o mal !!!! É letra de musica, mas cai muito bem nessa hr guerreiro. Tb ando chateado, mas meu caso é o trampo...rs Espero que vc melhore logo e esse tal estaleiro vai ser passageiro. God is good !!!